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No decorrer da nossa evolução musical, muitas vezes nos deparamos com acordes que possuem notas muito parecidas entre si, às vezes mudando somente a localização do baixo. A verdade é que em qualquer tonalidade haverá acordes em que veremos grande semelhança no tocante às notas de formação. Essas semelhanças são chamadas de relatividade e antirrelatividade.
Antes de nos aprofundarmos nesse assunto, no entanto, é necessário que o leitor já esteja familiarizado com o conceito de campo harmônico, pois a relatividade e antirrelatividade de acordes só fará sentido em arranjos tonais.
Dessa forma, entendendo que o leitor já tenha esse conhecimento prévio, seguimos com a explicação.
Acordes Relativos
Cada acorde, maior ou menor, possui um relativo, sendo que, acordes maiores possuem relativos menores e, da mesma forma, um relativo de um acorde menor será sempre um acorde maior.
Quando o acorde é maior, seu relativo será menor e estará a um intervalo de um tom e meio de abaixo de sua tônica. Se tomarmos o acorde de C, por exemplo, encontraremos seu relativo um tom e meio abaixo, na nota Lá, a partir da nota Lá formamos o acorde de Am.
Da mesma forma, o relativo de um acorde menor estará a um tom e um semitom ascendente.
Perceba que as duas tríades acima possuem as notas Dó e Mi em suas respectivas formações. Se pensarmos na formação de tétrades a partir das notas usadas nos dois acordes, teremos.
Nesse caso, os intervalos de sexta em acordes maiores e de sétima em acordes menores soam de forma coerente em qualquer campo harmônico maior e podem ser usados para enriquecer essas tríades dentro desse contexto.
Acordes Antirrelativos
Da mesma forma que os acordes relativos, cada tríade maior ou menor possui um antirrelativo. Se um acorde for maior, seu antirrelativo será menor e vice versa.
Um acorde maior terá como antirrelativo um outro acorde menor a dois tons de distância ascendentemente. Voltando ao exemplo de C, seu antirrelativo será o acorde de Em.
Para se localizar o acorde antirrelativo de uma tríade menor, faz-se o caminho inverso, localizando um acorde maior há dois tons descendentes.
Pensando nas tétrades que contém essas notas, teremos:
Dentro do contexto tonal, nos campos harmônicos maiores há coerência antirrelativa entre os graus I e III, e nos graus IV e VI.
Tomando o campo harmônico de C, por exemplo.
Se o leitor ainda não possui conhecimento de Campo harmônico, recomendo a leitura do seguinte link.
Vejamos os acordes antirrelativos nesse campo harmônico.
Se também acrescentarmos as relatividades dos acordes nesse esquema, teremos:
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