Dicas Matadoras para Aprender a Tocar um instrumento musical Rápido

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Aprender a tocar um instrumento musical qualquer exige bastante esforço. A depender do nível de proficiência que se deseja alcançar, o desafio se iguala ao de aprender um novo idioma.

Sabendo dessas dificuldades iniciais, decidi escrever este post com dicas iniciais que podem facilitar o aprendizado e tornar esse caminho mais agradável. Isso porque as atividades musicais devem ser, acima de tudo, prazerosas.

O que é Música

Por mais que pareça dispensável, é importante começarmos os estudos de música com a definição do nosso objeto de estudo. A conceituação de música é importantíssima para que entendamos todas as estruturas que existem em uma composição.

Música é uma manifestação artística que se dá por meio da manipulação deliberada dos sons em função de uma passagem de tempo. Ou seja, música é a arte de combinar sons no tempo.

Perceba que podemos resumir essa definição em três palavras que são: arte, sons e tempo. Para começarmos bem nossos estudos em música é necessário que foquemos nossos esforços nesses três aspectos.

Arte

Música é, antes de tudo, arte. Dessa forma, não deve ser condicionada à rigidez das ciências exatas. As regras de teoria musical nada mais são do que a consolidação de experimentos musicais mais bem sucedidos ao longo dos séculos. Portanto, as regras musicais podem ser distorcidas ou quebradas em função da intenção do compositor. Entretanto, é importante destacar que para se quebrar regras de construção musical, é de bom tom que o compositor tenha pleno domínio delas. A relativização dos conceitos musicais consolidados pode ser uma armadilha para estudantes iniciantes, pois sempre há o risco de se produzir obras abaixo da mediocridade com o argumento da relativização. Essa é uma das faces mais aparentes do efeito Danny Krueger em artistas amadores.

Para além da rigidez técnica ensinada nos conservatórios ao redor do mundo, a prática musical deve refletir os interesses e aptidões dos estudantes, de forma que haja alguma identificação por parte do aluno ao conteúdo estudado.

O grande desafio dos estudantes e professores, portanto, é encontrar um canal de comunicação entre os rudimentos técnicos e a manifestação da liberdade de criação dos aprendizes.

Sons

Se música é a arte de combinar sons, devemos saber de antemão que os sons trabalhados em uma composição devem ser tratados com carinho. Sempre tente melhorar a maneira de se tirar som do seu instrumento. É bom fazer análises de como você toca músicas e se é agradável ouví-las.

Os sons trabalhados em uma composição musical podem ter ou não frequências distinguíveis sendo assim, há duas categorias de sons possíveis em um arranjo musical.

• Notas Musicais: São sons com frequências distinguíveis e que se organizam em um instrumento musical em ordem de altura. São elas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
• Sons Puramente Rítmicos: Sons musicais que não possuem frequências distinguíveis. Em outras palavras, são os sons puramente percussivos como os sons produzidos pelas peças de uma bateria ou de tambores, chocalhos e etc.

Tempo

Para iniciantes essa é a principal atividade a se focar nos estudos. O domínio do tempo é o rudimento mais elementar para quem quer evoluir musicalmente. O elemento musical relacionado às contagens de tempo é o ritmo.

Em música, contamos os tempos com base na pulsação indicada. Essa pulsação é baseada na subdivisão de um minuto em partes de mesma duração, dessa forma, as velocidades de pulsação são medidas em BPM (Batidas por Minuto).

Elementos Fundamentais na Estruturação Musical

Se a partir da definição de música conseguimos obter três palavras chave para formularmos uma estratégia de estudos. O que dirá se apresentarmos os primeiros conceitos de estruturação musical.

Há três elementos que compõem a estrutura fundamental das composições musicais, são elas:

Ritmo

O primeiro elemento que compõe a estrutura musical é o ritmo. Esse elemento é tão importante na estrutura musical que pode se apresentar independentemente dos outros. Pode-se criar arranjos musicais utilizando unicamente ritmo, o que não é possível com os demais elementos musicais.

Melodia

Tudo que diz respeito à organização de notas musicais subsequentes pode ser categorizado como melodia. Em termos gerais, melodia é a parte cantável da música. Tudo que se canta, assobia e se solfeja é melodia.

Harmonia

É o elemento musical que se relaciona com notas musicais tocadas de forma simultânea. Esses blocos de notas podem representar movimentos melódicos independentes como em um coral, ou podem representar acordes, como podemos observar em instrumentos como violão, teclado e guitarra.

Sintetizando as palavras suscitadas até aqui, temos:

Estratégias de Estudos

Apresentadas as estruturas fundamentais na construção musical, passemos para as estratégias de estudo.

1. Aprenda o Básico

Para começar a aprender qualquer coisa, é necessário que se entenda o básico. Para se aprender a tocar um instrumento musical, coisas como a localização das notas, acordes e levadas rítmicas simples são essenciais para começar a tocar.

A partir disso, devemos focar nossas energias na precisão dos movimentos e assertividade rítmica.

2. Repertório

Após o domínio mínimo no instrumento, devemos focar em tirar o máximo de músicas possível. Ter repertório é importante para se dominar a linguagem de diferentes gêneros musicais, bem como ganhar experiências iniciais com a arte.

3. Estudo Técnico

Quando se tem certa experiência em tirar músicas, é bom que o estudante foque suas energias em melhorar seu arcabouço técnico. Levadas rítmicas mais sofisticadas, rearmonizações e improvisações sobre os temas são os treinos necessários. Porém, antes de tudo, é necessário dominar os conceitos técnicos e teóricos. Para isso, a Escola de Música On oferece conteúdo gratuito e de qualidade.

Lembre-se que a evolução musical é um ciclo constante. Um estudante dedicado passará por todas essas fases várias vezes, com repertórios cada vez mais sofisticados.

Aprender a tocar um instrumento musical pode ser muito prazeroso se o foco estiver na satisfação do aprendizado. Por essa razão devemos ser gentis conosco, evitando, assim, cobranças injustas.