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Cifras são a maneira mais comum de se registrar a harmonia de uma música. Se trata basicamente de um código alfanumérico que indica qual acorde deve ser tocado em determinado momento do arranjo. Importante destacar que as cifras são registros de acordes e não de notas musicais isoladas.
Para entender profundamente todos os aspectos teóricos envolvidos na formação de acordes e possíveis complementos, recomendo fortemente a leitura de uma série de posts neste blog que tratam de acordes e intervalos.
As letras da Cifra
As letras da cifra representam acordes, que são um conjunto de notas musicais sobrepostos sobre uma fundamental. A nota fundamental é a que dá nome ao acorde.
Podemos ser ainda mais precisos nessa descrição ao dizer que as letras da cifra representam a tríade elementar do acorde, três notas que representam a essência do bloco harmônico. Essas tríades, por sua vez, podem ser classificadas de acordo com os intervalos entre as notas.
Os intervalos mais comuns na formação de uma tríade é a fundamental seguida de sobreposições de intervalos de terça, de forma que entre a fundamental e a última nota do acorde em estado fundamental se forme uma distância de 5ª.
Se montarmos no teclado esse esquema a partir da nota Dó, teremos:
Sustenidos e Bemóis
Utilizamos sustenidos (#) para caracterizar que uma determinada nota ou acorde está um semitom acima de sua altura original, bem como, usamos bemol (b) para registrar que determinada nota ou acorde está um semitom abaixo de sua altura original.
Para grafar sustenidos em uma cifra, é necessário colocar o símbolo “#” do lado direito da letra da cifra, da mesma forma, colocamos um “b” minúsculo para representar bemol.
Classificação das tríades na cifra
Tríades Maiores
Quando se oculta classificações sobre a modalidade (maior ou menor) em cifragem, subentende-se que se trata de um acorde maior. Em um encadeamento C – F – G, por exemplo, estamos falando das tríades de Dó maior, seguida por Fá maior e Sol maior.
Tríades Menores
Quando uma letra de cifra vier acompanhada com uma letra “m” minúscula à sua direita, isso quer dizer que se trata de uma tríade menor, portanto, se pegarmos como exemplo o encadeamento C#m – Fm – Gm, os acordes representados são de Dó sustenido menor, seguido de Fá menor e Sol menor.
Tríades Aumentadas
Tríades aumentadas são grafadas em cifras com um sinal de “+” à direita da letra da cifra. Tambem podem ser grafadas com “aum” ou “aug”. Em uma cifra com os acordes Gaum – B+ – Dbaug, leremos que se trata de um encadeamento com os acordes Sol aumentado seguido por Si aumentado e Ré bemol aumentado.
Estruturalmente, as tríades aumentadas possuem distância de quinta aumentada entre a fundamental e a quinta.
Tríades Diminutas
Tríades diminutas possuem sonoridade mais escura e podem ser grafadas em cifras com o símbolo “º” à direita da letra da Letra da cifra, podem ser grafadas também com “dim”.
Se usarmos como exemplo o encadeamento Bbº – Abdim – F#º teremos um acorde de Si bemol diminuto, seguido por um Lá bemol diminuto e Fá sustenido diminuto.
Tríades sem Terça (Tríades suspensas)
A formação mais comum de tríades é a sobreposição de terças sobre uma nota (fundamental), dispondo o acorde em formação de fundamental, terça e quinta. Entretanto, há acordes que intervalos de terça em sua formação, são os chamados acordes sus.
Existem dois tipos de acordes sus, a saber:
- Tríade Sus2
No caso de acordes sus2, a terça é substituída por uma nota com intervalo de segunda em relação à fundamental.
- Tríade Sus4
Em Tríades Sus4, a terça do acorde é substituída por uma nota com intervalo de quarta em relação à fundamental.
Tétrades
Já sabemos que a maioria das tríades é composta por uma sobreposição de terças sobre uma nota, formando o padrão, fundamental, terça e quinta. Mas o que acontece se acrescentarmos mais uma sobreposição de terça sobre a tríade? Nesse caso teremos como resultado a tétrade, acordes formados por quatro notas que incluem, na maioria das vezes, fundamental, terça, quinta e sétima.
A partir daqui as cifras tendem a se tornar mais complexas, pois, além das classificações dos acordes, devemos nos atentar para a classificação das sétimas.
Cifra de Acordes com Sétima Maior (7M)
Quando ciframos um acorde com sétima maior, colocamos “7M” à direita da tríade, indicando o acréscimo de um intervalo de sétima maior em relação à fundamental. Se analisarmos do ponto de vista da sobreposição de terças, é acrescentada uma terça maior em relação à quinta do acorde.
Cifra de Acordes com Sétima Menor (7)
Ao nos depararmos com uma tríade seguida por um número “7”, podemos subentender que se trata de uma sétima menor acrescentada à tríade. Analisando essa nota sob a ótica das sobreposições de terças, a sétima é equivalente a um intervalo de terça menor em relação à quinta do acorde.
Importante destacar aqui que é comum referir-se ao acorde com sétima menor como acorde com sétima, omitindo-se a modalidade do intervalo como na notação.
Sétimas em Acordes Suspensos
As regras com relação às sétimas apresentadas, funcionam da mesma maneira na notação de acordes sus, porém, ao acrescentar sétimas em acordes suspensos, os intervalos suspensos são escritos de forma diferente.
No exemplo acima, as notas da tríade não mudam, só que ao acrescentar uma sétima à formação do acorde, os intervalos suspensos simples nas tríades são entendidos como uma novas sobreposições a partir da sétima do acorde. Sendo assim, nas cifras passa-se a usar intervalos compostos para representar os intervalos de suspensão.
Sétimas sobre Acordes Diminutos
Para falar de acordes diminutos, deve-se ter algum cuidado. Por ser um acorde com sonoridade e função bem característica, é possível acrescentar sétimas em acordes diminutos de três formas diferentes.
Tétrade Diminuta
Quando falamos em tétrades diminutas, nos referimos a um acorde formado pela sobreposição de três terças menores. A sétima, nesse caso, é diminuta.
Para se grafar tétrades diminutas em cifras, costuma-se usar o sinal “º”, mas existem várias maneiras de escrever-las.
Tétrade Meio Diminuta
Quando se acrescenta uma sétima menor à tríade diminuta, obtém-se, por conseguinte, a tétrade meio diminuta.
O registro de uma tétrade meio diminuta é feito ressaltando a quinta diminuta na formação.
Tétrade Diminuta com Sétima Maior
O uso de tétrades diminutas com sétima maior é incomum, visto que se trata de um acorde sintético, sem relação com nenhum campo harmônico. contudo, esse tipo de acorde possui sonoridade sofisticada e é muito usado em gêneros musicais como o jazz.
Um detalhe importante sobre esse acorde é que, entre a quinta e a sétima, esse acorde possui intervalo de terça aumentada.
Tétrades sem Sétima
Há também acordes com quatro notas que integram notas diferentes da sétimas à estrutura básica das tríades. Esses acordes são os acordes com notas adicionadas Add. Os acordes add podem adicionar qualquer intervalo que não esteja na estrutura fundamental da tríade a que se quer adicionar a nota.
Acordes add ainda podem ter sétima acrescentada em sua estrutura, nesse caso, a nota adicionada passa a ser entendida como uma sobreposição acima da sétima, sendo assim, passam a ser intervalos compostos.
Tensões Sobre acordes
As tensões colocadas em acordes seguem a mesma lógica da formação de tríades e tétrades, ou seja, quando continuamos sobrepondo terças a partir da sétima de um acorde, encontraremos a primeira tensão, a 9ª.
Se sobreporem uma terça à 9ª, encontraremos a 11ª, sobrepondo uma terça acima da 11ª, encontraremos a 13ª. Dessa forma, os intervalos adotados nessa sequência sintetizam a escala em que o acorde está inserido.
Muito dificilmente aparecerá um acorde com todas as tensões em uma cifra, isso porque, se forem tocadas todas as tensões, o resultado sonoro será um cluster com todas as notas da escala geradora daquele acorde.
Uma última colocação é necessária. Há inúmeras maneiras de se registrar cifras, muitos códigos regionais particulares, mas os códigos tendem a representar o que foi mostrado nesse post.
Para estudos detalhados de Harmonia e cifragem, mantenha-se ligado a este site e utilize nossa aba de comentários, será um prazer responder suas perguntas. porque a Escola de Música On tem tudo para você aprender música.
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Muito bom, parabéns pelo excelente conteúdo!!!
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Valew, Brother!!
Estamos trabalhando para fornecer o melhor conteúdo!
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bom dia para voce, eu gostei muinto de suas orientaçoes eu so loco com teclado faço tudo para min aprender mas nao consico eu so fraco de leitura mas a malhor de tudo ,eu falta interrese de quem me enciana, porque eu sei ler quais todas as cifras ,mas eu quando eu fazo sertas pergunta para eles as pergunta respondeda de maneira totalmente deferente duque perguntei eu escrevo muinto mal me descupa se voce entendeu obrigado belo horizonte, nelcy de souza araujo
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N se preocupe com essas coisas, eu entendi o que escreveu. Algumas coisas em música são difíceis de explicar mesmo, meu trabalho é clarear este mundo para todo mundo. Música é para todo mundo!
Muito obrigado pelo comentário…
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Maravilha, ótimo conteúdo
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Muito obrigado pelo feedback!